Gitana

És do mistério o mais sincero.
Um alto tom, abraço sincero.
Parece rocha, mas ora és água.
Desnudando nossa alma em sua correnteza.
Que alívio conhecer nossas profundezas.

És a magia do autoconhecimento.
És fuego iluminando nossos caos.
Luz que reacende o tablado.
És guerreira, és coragem.
Mestra e aprendiz.

Ventarola e furacão.
Acordando nossa essência.
Corpo baila, alma sorri
Quando caio, me convidas
Para a festa que és a vida.
Dos entrelaços, nos liberta.
Direção e companhia.

És alegria,
Amparo em tempos de dor.
Mais doze luas grandes de bailado, infinito aprendizado.

Impetuosa justiça na bravura de leoa.
Constante renascimento cotidiano.
És sua estrada, dona do próprio vento.
Harmoniosa melodia despertando risos alheios.
És gitana seduzindo os elementos.
Terra, água
És fuego, movimento.

(Bianca Snotra)

Texto dedicado a cigana Nashara Hayat

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