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Mostrando postagens de junho, 2013

As Palavras de Amor Sem Destinatário

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Digitava, escrevia, reescrevia. As palavras simplesmente surgiam, sem esforço, sem reforço, sem motivo. Eram palavras apaixonadas da poetisa sem amor. Como pode escrever palavras doces sem ter a doçura dentro de si? Acredite, é possível sim. A poetisa conhece o amor, mas não atura o tal do cupido. Dizem por aí que a poetisa o subornou, e em troca ele nunca mais atirou aquelas flechas sem sentidos. Ela então sorriu por livrar-se do tal anjo intruso. Quem foi que disse que eu não sei amar? Conheço o amor, mas não o amado. E isso não há de me preocupar. Destilo as letras pra alcançar, algum desiludido que precise se restaurar. Porém, vou logo avisando. Só tenho palavras a oferecer, pode ler, reler, mas não me envolva nessa ambição. Quem foi que disse que precisamos de alguém pra cuidar do coração? O meu pertence ao cardiologista, que ainda cobra após a visita. Caro leitor, aqui estou. Pra te alertar sobre o amor. Ele existe e deve ser bom. Mas no momento é só ambi

Devaneio 28

"Minhas palavras adoram falar de você, sem querer, querendo, desejando, esperando... ...palavras de um futuro menos denso e mais alegre. Menos eu e mais nós. Minha insonia adora pensar em você, sem querer, querendo, desejando, esperando, planejando e torcendo... ...por palavras bem argumentadas, deixando sua boca sem fala com expressão de perplexo. Menos planos e mais conquistas. Minha inocência adora pertencer a você, sem entender, sem motivo, pertencendo e se envolvendo... ...nas demonstrações do riso ingênuo, da mordida na ponta do nariz, do beijo na testa enquanto você adormece. Menos ego e mais amor. Meus olhos adoram se acoplar nos seus, sem perceber, brilhando na mesma proporção da cumplicidade, na hipnose de nossa imaginação... ...imaginando constelações no universo do seu olhar. Menos desencontro e mais descobertas. Meu eu adoraria se aventurar na hipnose do seu olhar, que desperta a minha inocência de lançar palavras sem ao menos pensar na consequência d

Risos de sua autoria.

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Esta noite o céu não exibiu as estrelas, a lua se retirou, e o vento quase arrebentou os vidros da minha janela. Levei um susto e o relógio não parou para aguardar a próxima expressão. O dia me ofereceu aquele prato do dia que o paladar já nem sente mais. Preciso trocar este cardápio ou reinventar esse PF. A ousadia adora fugir de mim sem aviso prévio, leva meus rascunhos de projetos e me deixa aqui com essa cara de esboço mal desenhado. As pessoas insistem em esconder meu riso frouxo nestas capas de revistas com fotoshop em forma de mulher. Algumas vezes abro os livros desse cara vestido de seu madruga sem fotoshop e o riso frouxo resolve aparecer. O real motivo deste texto é que mesmo com todo esse vendaval dentro de mim, meu único plano de vida é sorrir sem ingerir algum tóxico para me auxiliar. E neste dia em específico, eu só precisava de um ar leve, um riso alto, um descompromisso com as coisas chatas da vida. Instintivamente liguei a televisão porque eu precisava fica

Sobre As Quase Dores Da Vida

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Diálogo sobre as dores da vida: - Acho que eu nunca senti dor – diz a ingênua. - Se você não sabe o que é dor, tenta perder um amor – retruca a sentimental. - Por favor, dor é pisar numa peça de Lego. Pisa pra você ver se não dói mais – argumenta a realista. - Dor é desejar algo e nunca conseguir ter - diz suspirando a sentimental. - Dor que dói mesmo, é dor de parto, só quem é mãe sabe – explica a realista - E você lá é mãe? Como você sabe se dói? Dor doída é aquela dor que tu sente na alma quando perde a esperança de ser feliz – diz impacientemente a sentimental. - Pare de ser tola! Se queimar dói, se cortar, cair, ralar, injeção e dor de dente. Ih! Dor de dente tente dormir com dor de dente, dor de ouvido, dor no rim, tente – desafia a realista. - É pode ser, mas meus argumentos não são em vão. Você sabia que muitas dores físicas são consequências das dores emocionais? – questiona a sentimental. - Disso eu sei você acha que eu não leio, estudo e essas coisas? M