Sou brasileira, não sei sambar.
Sou brasileira, não sei sambar. Sou sonhadora, não sei voar. Poetisa que foge do amor. Caramujo que segue flor. Coruja em geração pavão; Romântica, não há razão. Acidez em semblante doce. Ar quietude, mente vulcão. Bossa Nova, não carnaval. Haikai eu sou, ora Cordel. Insegurança, em tempos de feminismo. Sou a intolerância, se há machismo. Ouço Cartola, não tchu tchá tchá. Amo Almodóvar, não o tal do Grey. Eu amo flores e pieguice. Sou violino, sou berimbau. Timidez almejando vendaval... (Bianca Wenzel de Carvalho)