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Devaneio 37 - Reticências

Nem palavras suprem a falta. Falta vocabulário, reticências, falta calma. Sou ponto final, travessão, exclamação. Falta muito, sobra pouco. Muito resta, faltando pouco. Linha tênue, linha da vida. Te interrogo breve vida. Quero consolo, resta poema Era resposta É confusão. Inexplicável é a saudade Destino, mera ilusão. Sua presença seria amor, Ausência é reticências. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Caos No Cais

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Vida de pescador, sonhador. Pescador no mar dos sonhos, ondas cerebrais. Armazena sonhos no teu cais? Realidade espanta peixe, aprisiona evolução. Sem saída, sempre enfrento essa barreira. Almeja planos distantes. Expectativas mirabolantes, todos riem. "Esquece o amor, vai trabalhar. Que a carreira é o teu sustento! O amor deixa pro tempo." No trem das sete dá pra ver a mulher sem riso frouxo. Do tempo é a alegria, a carreira está no bolso. É filha de Iemanjá, Vive na maré baixa. Pede ajuda de sua mãe, Tsunami, maré alta. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Sou brasileira, não sei sambar.

Sou brasileira, não sei sambar. Sou sonhadora, não sei voar. Poetisa que foge do amor. Caramujo que segue flor. Coruja em geração pavão; Romântica, não há razão. Acidez em semblante doce. Ar quietude, mente vulcão. Bossa Nova, não carnaval. Haikai eu sou, ora Cordel. Insegurança, em tempos de feminismo. Sou a intolerância, se há machismo. Ouço Cartola, não tchu tchá tchá. Amo Almodóvar, não o tal do Grey. Eu amo flores e pieguice. Sou violino, sou berimbau. Timidez almejando vendaval... (Bianca Wenzel de Carvalho)

I Don't Know Your Smell

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Quando me apaixonei, Vi curva em teu sorriso, Um sotaque meio gringo. Brilho em teus olhos. Me relacionei com a língua inglesa, árabe (tunisiano) e francesa. Eu conheço o significado das reticências, da expressão monossilábica, conheço a empolgação das palavras, O silêncio ciumento, o ciúmes escrito. Sonhos compartilhados pelos dedos no teclado, Sorriso contido, sorriso escrachado. Sobrancelhas arqueadas, olhar multicolorido. Verde quando chora, mel quando está sorrindo. Conheço você mais que a mim, “Nhebek a barcha”, “Je t’aime à la folie” I dont know your smell. You know mine. When the plane to land, will be the famous "Valentine". (Bianca Wenzel de Carvalho)

Devaneio 36 - Absolvimento

Poeta insiste em expor Palavras de detetive Ações de sonhador Autoconhecimento Aquele que te descobre e foge do julgamento. Sentença de poeta não é condenação, é absolvimento. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Devaneio 35 - Delongas

Linhas tênues, Mente curva Visões turvas Tempo escasso Planos breves Caminhada longa, Pego estrada sem mais delongas... (Bianca Wenzel de Carvalho)

Devaneio 34 - Sem definição

Não peço que você se defina, Você é muito humana pra acertar. Não peço que você apenas sorria, Há tantas expressões para testar. Não peço que siga as regras femininas, Avistei seus pés descalços a te guiar. Dona de si mesma, fugindo, e ninguém há de alcançar. Sua alma é poetisa, Desnudando poemas terceirizados, bagunçando a gramática de ser. Escrevendo, escondendo palavras autorais e assim se absolver. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Devaneio 33 - Fábula do Pensador

Fez, desfez, refez Olha, pensa, faz Faz de conta, conta que faz. Fábula de pensador Muito pensa, nada faz. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Coração Boêmio

Check in, decolagem, turbulência. Amor desembarca sem ao menos ser destino. É constante desafio, desconfio... É só amor de verão! Folia passageira... No fundo deste copo há vazio de alma alheia. Copo vazio, coração oco Mente vazia, corpo zumbi. Cadê o piloto que havia em mim? Desembarcou na curtição. Tanto curtiu, virou porção. Virou petisco moderninho, Protestante na boemia Liberdade sem amor não tem valia. É avião desgovernado, Passaporte sem destino. Desembarca nas cobertas, Turista dos pensamentos. Mochileiro é o amor, despejei aos quatro ventos. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Intercâmbio de Platão

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Longe está, Se é que está Sob a luz do mesmo luar. Sou bailarina de Platão. Dançando no fuso-horário, ensaiando a aproximação. Criando roteiros afetivos, novela de sonhador. Detetive do seu cheiro, do seu abraço, seus trejeitos. Que o vídeo insiste em esconder. Amor meu, quando vou te ver? Se tu soubeste que habita em mim, Há mais tempo que minha alma, Jamais se sentiria inútil neste universo inverso. São sonhos simples de realizar Falta-me o Dinar, passaporte e local pra repousar. Repousar no seu universo de descrença em si próprio, E mostrar que tua luz é maior que meu amor próprio. Embarcaremos no avião dos caçadores de boas novas, Encontraremos turbulência neste voo sem destino. E na viagem prometo-te vigiar o sono teu, Surpreendendo-te com o afeto que este mundo já perdeu. Que tu descubras a cada abraço que sorrir não é algo raro. Acordarei-te todo dia agradecendo seu pulsar, Por contemplar no dia a dia as cores em seu olhar. Emocionar-me toda