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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

Gitana

És do mistério o mais sincero. Um alto tom, abraço sincero. Parece rocha, mas ora és água. Desnudando nossa alma em sua correnteza. Que alívio conhecer nossas profundezas. És a magia do autoconhecimento. És fuego iluminando nossos caos. Luz que reacende o tablado. És guerreira, és coragem. Mestra e aprendiz. Ventarola e furacão. Acordando nossa essência. Corpo baila, alma sorri Quando caio, me convidas Para a festa que és a vida. Dos entrelaços, nos liberta. Direção e companhia. És alegria, Amparo em tempos de dor. Mais doze luas grandes de bailado, infinito aprendizado. Impetuosa justiça na bravura de leoa. Constante renascimento cotidiano. És sua estrada, dona do próprio vento. Harmoniosa melodia despertando risos alheios. És gitana seduzindo os elementos. Terra, água És fuego, movimento. (Bianca Snotra) Texto dedicado a cigana Nashara Hayat

Você Sabe

Prender minha atenção Sobre minha admiração Quão difícil é confiar num novo amor Que eu não fui caça, sim caçadora Tu sabes que a afobação é uma vilã A indiferença uma tortura. Sabes que habitas em mim, mas não me pertence. Que abriste um trajeto inexplorado O autoconhecimento tem sido meu aliado É importante que desbrave novas terras Novos cheiros e novos sabores. Sabes do meu receio Tu escapas pelos dedos feito água que o tempo leva Gosto dos risos noturnos Da troca de energia Responsabilidade matutina Fragilidade na madrugada Gosto do cheiro, conselhos e manias. Sou mais forte do que imaginas Essa frieza é escudo de quem já foi vulcão. Teus sonhos me alegram Sua opções me machucam Precisas do salto, mas a corda está frouxa Reclusa, observo, te alerto Acordo no auge de minha consciência, me reconheço, visto meu manto de sobriedade. Respiro a liberdade. Lá se foi sua bagagem ácida, sua fragilidade tóxica, o egocentrismo trajado de inteligência. Saudades nã

Oficializamos nos Detalhes

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Conversas regadas de insônia. Seu recomeço, minha alforria psicológica. Ambos na Paulista respirando o mais puro SO2. Prisioneiros de traumas alheios, dividindo um indulto de esperança. Pés flutuantes no chafariz do MASP, relógio acelerando os ponteiros, mirando o metrô. Coração acelerado, não querendo ir embora, mas ciente que uma hora os pés saltitantes retornariam pra realidade naquele asfalto. Você rumo a linha vermelha, eu pra linha verde, exalando mais conexões que todas as baldiações feitas por essa São Paulo. Uma sensação de liberdade com medo do amanhã. Amanhã eu descobriria que amor não sufoca, amor é amizade, respeito e diálogo. É cuidar e ser cuidado sem um score de quem faz mais. Equilíbrio, resiliência e diálogo. Diálogo, sempre diálogo. O amor não julga, mas puxa a orelha quando preciso. É ação, além das palavras. Um olhar, um abraço, um sorriso, um jantar depois de um dia longo. É peculiar, mutável e particular. Não se joga na mesa de bar para análise de amigos. O amo