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Fonte

Esse silêncio que me invade São incertezas que me calam na escuridão O sorriso que era certo, hoje é inconstância Bênção no ventre, medo de sua luxúria As amarras do passado disfarçadas de lindo laço A dependência da dualidade que sufoca meu afeto Tenho fonte, tu preferes águas novas, correntenzas passageiras. Seu refúgio ainda é a água parada que o tempo deixou. Os olhos jorram novas águas de desamor O silêncio cala as infiltrações desse coração quebrado Não sou o futuro? Devo temer o passado? Sou presente gerando nossa mistura. Te sinto pulsar, sinto um novo ser Querendo nos conhecer. Vejo vestígios de desejos insaciáveis, O meu amor não vale a libertinagem? Sigo equilibrista do medo e a esperança Questionando os meus sonhos São ilusões de uma infância? Devo mergulhar e me cegar em suas águas? Devo nadar até a superfície e observar por segurança? Não sou mais eu, não estou mais só. Você me acompanha ou fica a deriva? Não sou maré, sou dona da fonte da vid