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Mostrando postagens de novembro, 2014

Devaneio 32 - Rascunho no Trem

"Aperto Sufoco Por pouco Não me enlato no trem Na vida é assim também. E nos enlatando vamos sobrevivendo. Nesse rush da cidade grande, Pés descalços estão em extinção. Privilégio daquele cidadão Que fez da rua sua morada E mendiga o pão do dia a dia. A burguesia não pôde ver, estava na correria. De falar mais sobre si Nas bobagens que o ego diz Mal sabe ela que precisa ser mais aprendiz Descalçar a pretensão. Sucesso Profissão Expectativas pelo primeiro milhão Todos sofrem, poucos demonstram coerência O orgulho consome o bom senso E a comunicação perdeu sua raiz. Afinal, foi criada para conhecer histórias alheias ou pra mostrar quem é mais feliz? Eu gosto é daquele sujeito Que desnuda seu orgulho Relatando seu fracasso com o sorriso nos lábios. Deveria é aprender com aquele rapaz que ouve o "Não nosso de cada dia". Na escola da vida, estamos todos reprovados, De aprender humanização sem ter diploma nos lábios." (Bianca Wenzel de

Devaneio 31 - Amor

Amor estranho Amor extremo Nos estranhando vamos vivendo. Não é feito nó Não é feito laço Vamos gastando o tempo escasso. Quero você Quero viver Mas sem paixão, dizemos não. Não a loucura Não ao sorriso E me pergunto: Por que só isso? Podemos mais Podemos amar E de tanto insistir vamos acertar ou naufragar. (Bianca Wenzel de Carvalho)