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Mostrando postagens de janeiro, 2018

Cálice

Cálice de desejos Cale-se da sua luxúria Cálice de borboletas internas Cale-se da sua loucura Cálice de futuro Cale-se do seu passado Cálice de olhos atentos Cale-se sorriso assanhado Cálice de sussuros e gemidos Cale-se as paredes tem ouvidos. Encontro de sabores, pele e aroma antigo. Relembrando cada curva sem destino Olho no olho, mergulhando no meu íntimo. Após o vendaval, tu me aconchegas em seu ninho. Pede colo, cafuné, dorme em meus braços. Cálice de líbido, Cale-se com a boca ao pé do ouvido. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Relógio Íntimo

Queria sim, ouviu talvez Linha tênue da emoção e sensatez. O tempo abstrato tornou-se companheiro Um fio de esperança prestes a arrebentar É corda bamba em solo firme Relógio interno acelerado, fuso horário da ansiedade. Ventania em mim, brisa lá fora. Acerte estes ponteiros refém do tempo. Há eternidade em cada segundo. Há um segundo para cada emoção. Tic Tac Controle esta sina de futuro que amor não é prazo, nem razão. (Bianca Wenzel de Carvalho )

Best-Seller

Me visualizas, eu te desnudo Singelo sentimento de quem se apaixona mudo Eu vivo a sina do tempo, Ataco e aguardo o momento. Sou leitora de um livro atemporal Capítulo repetido, história sem fim Quando restaurar a tua obra Lembre-se de mim, script improvisado Querendo ser best-seller nos seus dedos Sua leitura de travesseiro. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Filha do Vento

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Neste relacionamento tóxico, Tu és a cura, não a malícia O encantamento sóbrio, não a cegueira Vítima do amor peçonhento Tu és antídoto, não o veneno Ventarolas anunciam o movimento, Liberte-se filha do vento. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Ressaca de Amor

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Sigo em silêncio, fazendo prece pro seu barulho. Bandinha interna de carnaval sem folia. Ressaca quando o copo do amor esvazia Já estive neste bar de desencontros. Dói tornar-se sóbrio no amor. Passa e quando se vai nós que erámos marola viramos maré cheia. Remando contra ilusões neste mar de realidade. Observo-te do cais aguardando você atracar. Admiro seu velejar, mas te zelo para não afundar. Eu salva-vidas que já se afogou. Aguardo seu nado livre. Tu peixes, eu sereia. Prestes a te encantar. Aguardo-te sóbrio no cais com minha bagagem de mão. Tenho apenas um abraço e um antigo sentimento. Vamos juntos mergulhar neste experimento. (Bianca Wenzel de Carvalho)