Cálice
Cálice de desejos Cale-se da sua luxúria Cálice de borboletas internas Cale-se da sua loucura Cálice de futuro Cale-se do seu passado Cálice de olhos atentos Cale-se sorriso assanhado Cálice de sussuros e gemidos Cale-se as paredes tem ouvidos. Encontro de sabores, pele e aroma antigo. Relembrando cada curva sem destino Olho no olho, mergulhando no meu íntimo. Após o vendaval, tu me aconchegas em seu ninho. Pede colo, cafuné, dorme em meus braços. Cálice de líbido, Cale-se com a boca ao pé do ouvido. (Bianca Wenzel de Carvalho)