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Agora

Descobri que o agora é preciso O passado dissolvível O futuro desconhecido Eu que tanto quis adivinhação Hoje sou pé na areia A cada passo os problemas fluem. Eu que já fui maré cheia, por hoje quero harmonia. Custei a perceber que eu posso escolher entre alegria e o desalento. Setenciei os controversos pela causa de minhas adversidades Os agradeço por apresentar-me a resiliência Já gostei do comodismo de não assumir minhas emoções. As escolhas são minhas, mas eu sempre tive réus. Se encontrar é preciso, se aceitar sobrevivência. Rasguei o véu da mocinha injustiçada. Dou risada para os erros e sigo na estrada. Remendada, vigorosa. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Versão de Mim

Moldada, aprisionada. Calmaria, amizade, popularidade... Camuflagem! Amada, diziam Serena, vivia Quimera seria projeto desigual Delírio coletivo. Erupção, previa. Aprendiz de vendaval condenada a ser brisa. Há explosão por vir, Ela vai se descobrir. Despir a versão conveniente Desatar sua corrente. Prevejo protagonistas, vilões e roteiristas. Vários nãos, padrões rasgados. Rascunho mutante, reticências... Um brinde a nós! Viajantes da existência Aceitação, mera ilusão. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Devaneio 40- Castanholas

Silêncio, castanholas Entristeço, saia roda Fecho os olhos, vejo a roda Corpo inerte, alma baila Lenço voa, liberdade Corpo baila, alma sorri Quando caio, me convidas Para a festa que és a vida Sou tua, tu é minha Na festança e quietude Nos entrelaçados me desata. Direção e companhia. Tu cigana,eu ciganinha. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Mérito??

Se eu pudesse te dar um conselho hoje, certamente seria: "Aprimore seu carisma" O sistema da meritocracia não premia o resultado, a ideia, a pessoa mais justa, o projeto mais inovador, ou o merecedor. Se acontece foi puro vento de sorte ajudando seu barquinho. Do resto você rema, rema e o barco mais simpático ganha. É pop? Merece. Engraçado? Merece. Achegado? Merece. Simpatia? Mereceu minha empatia. Merece! Merece todos os prêmios. Todos aqui temos nossas limitações, nossos desafios, nosso universo, nossa individualidade. O que nos faz merecedor neste sistema de méritos, o único "ia" que conta pontos é a empatia. Se queres reconhecimento da meritocracia, sorria. A regra é: "Avalia quem merece, sorri quem tem juízo." "Quem não é visto não é lembrado." - disse a teoria. "Quem não é visto está ocupado garantindo o mérito do premiado." - mostra a prática. Nada mais desanimador que se dedicar e não ser digno de um reconheci

Reflexão no Caos

Reflexão no caos! " 'Meu partido é um coração partido', Pela ideologia que era pra viver. Não sobreviveu! No caos político o partido me partiu. Na fúria política e ideológica partiu o respeito, o senso, partiu a maturidade, me partiu sem piedade. Amor à Pátria, não a mim! Pertence a eles e não a mim! Mais vale a luta do que o soldado. Vale a política, dane-se o achegado. Quantos amigos vocês já perderam no caos político? Quantos mais pretendem perder pra empurrar sua verdade guela abaixo? " (Bianca Wenzel de Carvalho)

Sinuosa Exclamação

Ao nascer ninguém tem razão Chegamos andarilhos com questões, simples e flexíveis. Crescemos nos tornando donos da certeza. Da certeza que tu tens Só me resta a estranheza. Na minha bagagem carrego problemas cotidianos: "Cadê a chave? Como assim? Não entendi!" Ainda com estas indagações Sou sem razão Interrogação com oxigênio Por oras confundo-me com um mero vento Sem convicção, sem direção Humildemente, eu confesso. Acho que sou dona de mim. Nem a confiança disso eu tenho Pergunto a todo momento. Ao te ver tão furacão Dono do próprio vento Rodopiando sua asserção Nos deixando a desordem de sua exclamação. Cidades vazias Curiosidade não respondida. Não é razão, sim imposição. Sou eu a grande questão. Certeza? Não tenho. Sinuosa exclamação, Constante reflexão (Bianca Wenzel de Carvalho)

Solitude

" Minha solidão nada mais é que solitude. Minha melhor amiga sempre foi e será a solitude. Amiga de palco e camarim. Folia e tempos ruins. Quando encontro a indisponibilidade A solitude me estende os braços Simples, acessível, sem jogos baratos. É disponibilidade em tempos de rush. É prova surpresa em amigos dispersos. Espontaneidade na era da Selfie. Solitude para fazer as pazes comigo Não depender de um ombro amigo Solitude não é solidão É ser luz da própria escuridão." (Bianca Wenzel de Carvalho)

Boas Vindas!

Sou sonho, sou crua Teu par de longitude Solitude na multidão Sou cá, você lá Questão, tu exclamação! Do mar, tu religião Tenho asas, tu passos Sem rumo, tu direção. Sou risos, tu discrição O cupido é inglês Português, tu francês. Eu livro, tu manchete. Final feliz em tempos de rush. Antes sou, agora somos. Incerteza na estrada, Contando dias, tu piadista. Tu presente, eu futuro. Cruzo os dedos no escuro, Pra que fiques o teu brilho. Sem destino, moradia Tenho apenas boas vindas... (Bianca Wenzel de Carvalho)

Devaneio 39 - Poetisa

Se pudesse...mudaria. Se quisesse...seria. Se agisse...veria. Se insistisse...renasceria. Ria da conjugação da vida. No presente esqueceu o futuro do pretérito que a perseguia. Conjugou os próprios passos. Poetisa, ciganinha. Escreve poemas no tempo dela,conjugada a boêmia. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Devaneio 38 - Poeta Escravo

Tempo? Não tenho! - disse o poeta atrasado. Aquietando o tempo de vida, brincando de ser escravo. Trabalhar é o que interessa, pra arte não tem pressa. Pensou o rapaz atrasado, sabotando os próprios passos. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Atabaques pro Ataque

Batuca consciência Adormecida na flauta comodista Batuca consciência Na fuga desconhecida Batuca consciência Mente acorda para a vida Minha vida e não alheia Rum, rumpi, Lé atabaques pro ataque Batuca a vida, a mente, moradia Sacode a vida calmaria Labirinto silencioso Preguiçoso e comodista No batuque a consciência acordou para ser vida Adeus pseudo calmaria Ofereço movimento e sabedoria.

Fé de menos adoece, demais salva, na medida te esfria. É o que ouço! Fé de menos paralisa, demais é homicida, na medida auxilia. É o que vejo! Há várias vias para a paz. Fé que diz, Fé que faz, Faz de conta, diz que faz. (Bianca Wenzel de Carvalho)