Minha pele é luxo, Meu couro é moda, Cartilagens adoçam bocas Meus ossos são acessórios Humanos centro da vida. Eu mero objeto, ser não evoluído. Minha vida tem preço. Humanos tem valor. Meu futuro é bandeja, capa de revista. Ingrediente descartável, escravo Verdades ilusórias, realidade capitalista. Sou vida, aprendizado e amor. Sou natureza! Era habitante,tu eras pó. Eu era existência e vocês rascunhos. Selva egocêntrica que me vê como produto. Eu sou a vida em embalagens, cadeia alimentar. Obra do mesmo criador. Humanos inteligentes, ações ignorantes. Vocês lucro, eu lucidez. Pregam a vida, eu doo amor. Animais sábios, humano amador. (Bianca Wenzel de Carvalho)