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Mostrando postagens de dezembro, 2013

Sunable Terapia

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Era uma vez uma menina-mulher que tentava aceitar a perda do avô (que era uma figura paterna), do rompimento de um relacionamento, da mudança de faculdade e dos novos desafios pela frente. Mudou a rotina, frequentava a faculdade e aliava-se aos livros. Dos livros pro quarto, do quarto para os livros. Passou a falar menos e observar mais. Sonhava menos, conversava menos, existia menos. Lá no canto do seu quarto escrevia, escrevia, mas não se encontrava nos próprios versos de confusão. Fez da casa seu refúgio, do seu quarto o mundo particular, e ninguém conseguia compreender o por quê de tanto refúgio. Num dia comum, em 2010, a "menina" recebeu um link via e-mail, e resolveu assisti-lo. Ao ouvir os primeiros segundos de música seus lábios se arriscaram num sorriso meio lateral pra direita. E seus olhos sorrindo também sussurram: - Tá aí, gostei! E fez dos shows sua terapia, uma reabilitação. Fez amizades com pessoas que conheceu nos shows,e quando esperava o met

Devaneio 29 - Desapego

Amor pra sobreviver. Status para sorrir. Dinheiro pra entreter Música para reprimir. Política pra reclamar. Inteligência pra disputar. Apego para te prender. Carência pra sufocar. E o ar, cadê? Não há! Tive que compartilhar... Não me achei nas linhas escritas, me escondo nas entrelinhas dessa vida. Quero viver, não me obrigo a sorrir, e de tanto não me cobrar a felicidade habita em mim. Eu vim ao mundo pra bagunçar, me deixa desapegar. Há tanto ar para respirar, eu gosto de experimentar. Há tantas ideias para mudar, pare de reclamar. A inteligência fugiu no seu ato de disputar, nem tente, nem ouse explicar. A carência sufocou o seu apego, te prendeu no desespero como se o mundo fosse acabar. Há tanta vida em cada esquina, cada curva desta vida, e você status quer comprar. Pega aquela lamparina e acenda essa vida que brincou de virar gelo. Derreta esse frio que te faz ser as linhas previsíveis desta vida, e por isso eu cantarolo por aí... “Não me achei nas linhas

O Banco do Corredor

Ei, você que quando utiliza o transporte público senta no banco da ponta e não dá passagem para o banco vazio da janela, eu não confio em você. Ônibus lotado é um excelente lugar para observar as pessoas, e pensando pelo ponto de vista que estão todos juntos na mesma lata deveríamos ser um pouco mais prestativos. Dizem que pra conhecer uma pessoa você precisa dar poder a ela, concordo, mas para conhecer o instinto e nível de bondade de uma pessoa você simplesmente precisa pegar um transporte público lotado com ela. Ter um banco para sentar é ser da realeza. Experimente e entenderá. Imagine a seguinte situação, você está voltando do trabalho, o ônibus está lotado, você cansado, as pessoas ao seu redor - ou no seu cangote- estão igualmente exaustos pensando na planilha não terminada, na carne que tem que descongelar para a janta, enfim estão todos fisicamente ali, mas a mente já fez um segundo turno de trabalho só em planejar o que ainda falta ser concluído. Você até suportaria um a