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Acaso Energético

Moço que tanto olha e poupa o falar Nesse semblante sério há uma alma de menino Querendo travessuras, de saco cheio do juízo. Nos acasos da vida Você é meu melhor imprevisto. O véu energético que desliza em meu corpo Já éramos par antes do encontro Já eramos nós antes dos dedos entrelaçados Já era certeza trajando mistério Dono do meu riso frouxo, do arrepio que percorre o corpo Da mordida nos lábios a te chamar. Assim foi atração,relação, salvação. Meu ponto de luz no fim do túnel Os olhos verdes a me hipnotizar. Seu abraço, meu abrigo. Sua voz a me derreter. Me dissolvo na sua pele, me entregando a você. Percorrendo seus segredos Encontro um a um com o toque dos meus dedos. Sem tabus, limites ou desrespeito. Nos conectamos sem ver o tempo passar Mergulhando em sua presença, eu te peço: "-Me puxe pela cintura, me deixe sempre por perto." Sou a moça que procuras, o acaso que deu certo. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Oceano Vazio

Eu sereia protetora de seu precioso sorriso Polidora ilegal de sua joia tão maltratada Eu que tanto zelo o tesouro ímpar que encontrei no naufrágio Perdi! Aquele brilho âmbar do seu olhar A voz suave que se curava em canções Os abraços tão cheios de fronteiras, legalizei! Perdi, também! E agora que cedeste aos encantos do pirata Sou pérola em conchas profundas Baú precioso que me roubastes. Cuide desta riqueza. O que pra ti é mercadoria de boas novas. Pra mim é essência de valor inestimável. Sentirei falta do zelo cotidiano. Tu procurando nos piratas, Eu guardando um já te amo. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Sorte Nova

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Ela seu terço benzido pelo Papa Eu tambor descompassado Eu ouvinte e benzedeira Ela perfeita e pureza Ela experiência Eu errante sem cura Eu quase tentativas equivocadas Ela a certeza impalpável Eu falência antes da inauguração Ela empresa bem sucedida sem ao menos auditoria. Eu defeituosa devoção Ela novidade idealizada Eu goteira noturna Ela seu riso matutino Ela exclusiva Eu hipótese descartada Ela donzela maternal Eu anomalia emocional Ela bolsista Eu eterna Fuvest Aprendiz de frieza amorosa Ela companhia calorosa Eu destroços da felicidade Ela merecedora de todas as oportunidades Eu esboço abstrato Ela obra-prima em um quadro Eu partida Ela bom partido Eu imunizada de falsos carinhos Descrente de amar, meu menino Essa estrada eu já conheço Recuo com os pés calejados Visto meu sorriso maduro e o jeito calado Meu vestido da derrota. Feliz por você! Feliz Sorte Nova. Trancando novamente minha porta. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Indigestão

De sua boca palavras doces de paixão. Não são em minha direção. Engulo a seco a amarga decepção Digerindo a indiferença Saboreando meus defeitos Que me reprovam da sua vida. Indigestão na madrugada Vomito as palavras entaladas Enquanto sonhas com ela. Preciso mudar o empenho Para esquecer esse desdem De quem muito cobra e nada tem. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Passageira

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Névoa passageira encobre minha intenção. Passageiro é meu amor que não desembarca na sua estação. Sou estatística dos viajantes sem destino. Coração quer desembarque, razão acelera no trilho. Observo tu olhando na janela, decidindo a estação. Eu companheira de banco, compartilho meu silêncio. Tenho tickets ilimitados pro meu coração, tu preferes pegar a fila e pagar desilusão. Eu maquinista do meu futuro, fecho os olhos e vivo um cinema mudo. Rotineiro é este ciclo vicioso. Vista o sorriso, coração deixa no bolso. Boa viagem, te observo, moço! (Bianca Wenzel de Carvalho)

Fênix Adormecida

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Se tu soubestes... A frequência em que respiro com o timbre da sua voz. Seu sorriso, melodia que me descompassa. Meus cílios, pincéis silenciosos a te desenhar. Suspiro um ar de alforria. Meu presente escuta o seu passado. Quero-te de presente Desejo-lhe futuro. A folia que queres do mundo O amor que guardas pra um. Desejo-lhe alta perpétua do exílio devastador Do amor que passou, guarde as lembranças. Não me culpes, homem sério do riso arrebatador Se te assisto, gravo e rebobino em pensamento. Jamais pense que te acorrento. Reconheço teu valor. Censuro emoções, cancelo o capítulo. És ventania no marasmo de domingo. És razão cicatrizada Alma livre procurando morada. Se tu soubestes o quão gratuito é meu afeto Esqueceria o ego, teria o peito aberto. Voa fênix adormecida, alça seu vôo mais bonito. Te prometo o mais puro sorriso. Aqui serás sempre bem-vindo. Meu afeto te aguarda, marrento menino. Busque o sucesso que te restaura, Guardo já o amor que te

Lentes

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Seu sorriso de alma livre Seu olhar compenetrado Seu andar peculiar O cabelo que convida meus dedos O contato que me amansa, te afasta em lembranças. Tua voz é melodia que me embala em sedução. Teu sono tão sereno, fragilidade escondida. Eu admiradora silenciosa, zelo cada segundo. Ah, se eu fosse capaz de expressar que tu cabes no meu mundo. Não é posse,nem teimosia. Tão pouco ingenuidade. Te vejo almejando os sonhos, estranhando a liberdade. Ouço atentamente seu discurso desiludido. Procurando ares novos, indagando o destino. Olho-me no espelho,tenho as respostas no olhar. Ironia do destino, procuras no mundo o que guardo aqui comigo. Gravo cada entusiasmo da entonação de sua voz ao lembrar detalhes delas. Na paixão nunca mandei, nem amarro emoção. Só não perca o pôr-do-sol nas sombras de tua mente. Tu focas na armação, mas o problema está nas lentes. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Pontos

Ilusões premeditadas Distância vilã do acaso. Tu lá, eu cá. Sonhando com apatia. Lembro-te quando era plano, agora engano. Eras canção, agora silêncio Quietude que grita em meu interior. Encontro passageiro, eterno desencontro. Em quanto tempo cicatrizam estes pontos? (Bianca Wenzel de Carvalho)

Despedida

Eu fugitiva de afetos, quis ficar. Em meu mundo quase te algemei. Me lembraste que no crime do amor, não há lei. Te acusei com minhas feridas de amor antigo. A cura é minha, não há réu. Te absolvo das projeções de boas novas. Me partiu de cara limpa e um sorriso criminoso. Só desejei que ficasse mais um pouco. Em minha cela sentimental, Eu também parti. Decidida, dei partida... ...despedida! (Bianca Wenzel de Carvalho)

Fuga

Eu fui fuga, Você distração. Troca de favores casuais. Não sou remédio,sou ferida, Aprendiz de despedidas. Sou camuflagem, você aprendizagem Projetei romantismo em nossas fragilidades. Eu queria o novo, hábito antigo. Você o velho com hábitos novos. Agradeço o transtorno! Estrada longa, caminho novo. Vida que segue, desencontros! (Bianca Wenzel de Carvalho)

Par distante

Eu que poetizo os amores alheios Perco a rima quando te vejo Inspiração refém de meus desejos. Te deixo livre, desejando que tu fiques. Faltam palavras, falta coragem Imaginação voa, o tempo arrasta. Te recito como um mantra valioso Te peço aos céus com um sussurro inibido Fico em silêncio, mas aqui dentro há ruído. Fecho os olhos, te abraço e te publico. Em meu peito arrancando um suspiro. Par distante, autor dos meus sorrisos Quimera eu ser sua cura, seu remédio Cicatrizar esse seu medo de afeto. Te imagino, te espero na lonjura de duas estrofes. Poema incompleto do olhar intrigante, Me dê sua autoria que te completo num instante. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Momentos

Silêncio grita Palavras silenciosas Esperamos no tempo todas as respostas Tempo refúgio dos covardes Temos nós as escolhas e as verdades. Terceirizamos os nossos receios Porque ser feliz dá medo Vamos vivendo numa corrida de obstáculos Nos esbarramos nos desejos Mas quem decide é o tal do tempo Que a covardia não atrase nossos ponteiros A fuga é tempo, nós momentos. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Dose Certa

De bar em bar eu vou Te peço no Menu Open bar de frouxidão Te engulo a seco Bebida amarga de incertezas Me embebedo das suas meninices Ressaquinha de adolescência Garçom me veja um Jack Daniel's Um open bar de atitude Nesta noitada do amor Já me cansei de tanta espera Desce logo a dose certa. Quero um drink de responsa, não aguenta pede a conta Hoje quero amor alcoólico, um coma masculino. Chega de Duelo, Deus me livre de menino. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Quero!

Quero você com seu moletom mais confortável, cabelo bagunçado, do jeito que quiser vir. Quero você com os cacos do passado, com esse semblante sério do coração amanteigado. Quero ouvir seu discurso magoado de quem não acredita no amor. Quero olhar seus gestos bruscos de quem reivindica a vida nesses olhos de menino. Quero te assistir, ser sua platéia no monólogo da noite. Te aplaudir com um abraço, juntar seus pedaços num beijo. Quero você assim papel amassado de planos levianos. Quero você simplicidade, rascunho, desarmado. Quero você ferido, fragilizado. Te cicatrizarei num breve sorriso, sussurrarei em seu ouvido "não tenhas medo, meu menino." Quero seu sorriso do olho rasgadinho. Quero dividir calçada com sua insonia, rirmos de nossas vidas por toda uma noite. Quero que ao amanhecer você sugira: "Juntemos os nossos cacos neste mosaico do acaso. Não tenho medo, você não é minha ex." (Bianca Wenzel de Carvalho)

Cálice

Cálice de desejos Cale-se da sua luxúria Cálice de borboletas internas Cale-se da sua loucura Cálice de futuro Cale-se do seu passado Cálice de olhos atentos Cale-se sorriso assanhado Cálice de sussuros e gemidos Cale-se as paredes tem ouvidos. Encontro de sabores, pele e aroma antigo. Relembrando cada curva sem destino Olho no olho, mergulhando no meu íntimo. Após o vendaval, tu me aconchegas em seu ninho. Pede colo, cafuné, dorme em meus braços. Cálice de líbido, Cale-se com a boca ao pé do ouvido. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Relógio Íntimo

Queria sim, ouviu talvez Linha tênue da emoção e sensatez. O tempo abstrato tornou-se companheiro Um fio de esperança prestes a arrebentar É corda bamba em solo firme Relógio interno acelerado, fuso horário da ansiedade. Ventania em mim, brisa lá fora. Acerte estes ponteiros refém do tempo. Há eternidade em cada segundo. Há um segundo para cada emoção. Tic Tac Controle esta sina de futuro que amor não é prazo, nem razão. (Bianca Wenzel de Carvalho )

Best-Seller

Me visualizas, eu te desnudo Singelo sentimento de quem se apaixona mudo Eu vivo a sina do tempo, Ataco e aguardo o momento. Sou leitora de um livro atemporal Capítulo repetido, história sem fim Quando restaurar a tua obra Lembre-se de mim, script improvisado Querendo ser best-seller nos seus dedos Sua leitura de travesseiro. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Filha do Vento

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Neste relacionamento tóxico, Tu és a cura, não a malícia O encantamento sóbrio, não a cegueira Vítima do amor peçonhento Tu és antídoto, não o veneno Ventarolas anunciam o movimento, Liberte-se filha do vento. (Bianca Wenzel de Carvalho)

Ressaca de Amor

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Sigo em silêncio, fazendo prece pro seu barulho. Bandinha interna de carnaval sem folia. Ressaca quando o copo do amor esvazia Já estive neste bar de desencontros. Dói tornar-se sóbrio no amor. Passa e quando se vai nós que erámos marola viramos maré cheia. Remando contra ilusões neste mar de realidade. Observo-te do cais aguardando você atracar. Admiro seu velejar, mas te zelo para não afundar. Eu salva-vidas que já se afogou. Aguardo seu nado livre. Tu peixes, eu sereia. Prestes a te encantar. Aguardo-te sóbrio no cais com minha bagagem de mão. Tenho apenas um abraço e um antigo sentimento. Vamos juntos mergulhar neste experimento. (Bianca Wenzel de Carvalho)