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Mostrando postagens de novembro, 2012

Sim ou Samba?!

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Meu mais profundo sentimento diz que preciso de você, de novo, diferente, mais intenso, banhado a sinceridade. O mais profundo do meu ser se orgulha em argumentos convincentes. E assim ele discorre: Ele não aguentaria seu humor matinal e não respeitaria seus primeiros 30 minutos de silêncio ao acordar. Não aguentaria sua rotina, não entenderia sua devoção à felicidade do próximo. Não poderia suportar as reuniões de famílias, seu zelo pelos amigos. Não entenderia sua necessidade de reunir amigos e rir sem moderação. Não compartilharia da sua falta de preconceito e sua curiosidade em conhecer o universo alheio. Não sentiria prazer em contemplar as estrelas e imaginar histórias. Não leria um poema se quer de sua autoria e se perguntaria: “Aff, por que ler esta bobagem?”. Não se alegraria com as flores do seu vestido, seus pés no chão, com sua paz no coração. Pensaria que é a pessoa mais incrédula do universo por não frequentar a igreja, anulando todas as orações que fiz

O Caos da Indecisão

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O caos da indecisão: Aflora a insegurança, Paralisa o futuro, Congela aquele papel pendurado na geladeira com planos de um futuro bom. É brincar de equilibrista na linha tênue da ação e da estagnação. É ser triste com medo de ser feliz. Esconder um sorriso, sabendo que é possível gargalhar. É ir pro rock e não ver a banda tocar. É deixar a platéia sem as cortinas se abrirem. É futebol sem bola. Campeonato sem vitória. Livro sem história. É entrar pra turma do quase.. É o quase tentar, quase amar, quase conseguir,é um quase desistir, quase arriscar, é um quase lá sem admitir. O caos da indecisão é a difícil escolha entre ser e querer ser, a linha tênue do viver e sobreviver. (Bianca Wenzel de Carvalho) * Para fins de direitos autorais de imagem declaro que a foto usada no post não é de minha autoria e que os autores não foram identificados.

Senti Você

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Pensei em você... No seu sorriso, No seu olhar voraz, Na tua verdade camuflada, No seu desejo efêmero. Lembrei... Da sua inocência ao sonhar. Da sua alegria ao me apresentar. Lembrei... Da sua insensatez, Da sua temperatura ao me abraçar, Das promessas que deixei de acreditar. Resgatei... As nossas travessuras, Descobertas da adolescência, O meu sorriso ao ver você me orgulhar, As estrelas que blasfemei ao te deixar. Senti... Que há algo de errado em mim, É lembrança boa que aquece o peito ou é comodismo que acalma a mente? Pedi... Aos poetas que me trouxessem as palavras. A Freud que desvendasse meu interior...enlouqueceu! Recorri... A Voltaire, Gandhi, Nietzsche, Goethe, Shakespeare, Lennon, Chico Buarque, Cartola...não houve resposta. Supliquei... Ao Dali, Van Gogh, Velázques, Botticelli, Picasso, Manet, que retratassem meu interior. Recolheram as telas, os pincéis e sem rumo se retiraram. Desisti! Levantei, liguei o som, ouvi uma canção banal.

O Baú

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E toda tarde o baú permanecia ali, inércio, sentado no banco à frente da estátua do homem de guarda-chuva. É como se inconscientemente pedisse ao moço que o protegesse da solidão que ecoava naquele entardecer. O baú era rústico e envelhecido, seus ombros eram encurvados como cadeado escondendo algum ouro, seus olhos escondiam a chave de um baú, quem o interpretasse desvendaria o enigma da vida. Oras confundia-o com a estátua, mas ele era diferente, não se cansava até cumprir sua missão. E lá estava o baú sentado no banco da praça aguardando um curioso. Questionava-se o porquê de pessoas tão desinteressadas olhando de forma superficial para o próprio umbigo. Qual a graça de olhar para o umbigo e não mergulhar no cordão umbilical de sua existência? “Passageira, esta vida é passageira meus jovens.” – suspirava o baú. E lá se foram tardes e tardes aguardando um jovem desperdiçar os segundos de seu relógio moderno. Eis que de tanto desejar, pouco a pouco outros descobriam seu