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Mostrando postagens de março, 2013

Matemática do Destino

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E no encontro de 1 olhar, Tornaram- se 2. E de tanto ser 2, Tornaram-se 1. E na brincadeira de somar, Somou-se errado, tornando-se 3. Quem nasce pra somar, estranha quem nasce pra dividir. E nessa matemática incerta do destino... O 1 virou 0,5 (meio), O 2 virou 3, e o 3 virou 2. E mesmo sabendo que 3 mais 2, não se torna 1, foram somando comodismo pra passar tempo. A matemática do destino é assim, somamos quando o necessário é subtrair, dividimos quando o resultado não nos satisfaz. E foi assim, que o 1 decidiu ser ímpar, em respeito ao par. Sorte do 1, que na liberdade de numerar, aliou-se a matemática sem esperar um número exato. O destino não trata-se de acertar, mas de resolver equações todos os dias. (Bianca Wenzel de Carvalho) * Para fins de direitos autorais de imagem declaro que a foto usada no post é de minha autoria.

Contos de Carnaval

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- Olha, um sapo! Vou tirar foto. - Quer que eu pegue pra você tirar foto? - Não, a câmera tem zoom. (Silêncio) E lá se foi o conto de carnaval... Não nos falamos, não nos encontramos em nenhum dos olhares vagantes, perdemos a oportunidade de conhecer novos mundos. Se aquela máquina não tivesse zoom ou meu cérebro não fosse tão século XXI, talvez conversaríamos sem compromissos com as palavras. Provavelmente, meu olhar convidaria o seu para uma prosa, sem expectativas desleais. Poderíamos escrever um livro ou uma história em quadrinhos em uma mesa de bar. Entraríamos no carro em plena alvorada e esperaríamos o seu jornal diário chegar na banca, enquanto eu desafinaria alguma música do Jorge Ben. Você riria suplicando alguma afinação do silêncio. Poderíamos falar dos filmes, das notícias, dos livros mais marcantes, das reportagens que escrevestes, dos tempos de faculdade, da vida, das travessuras de adolescentes, da minha profissão, sobre a energia das pedras, poderíamos

Um Minuto de Desprezo

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Você já foi melhor. Já soube atuar, impressionar e persuadir. Soube até seduzir, e prender minha atenção. Todos ouviam atentamente seu discurso convincente. Provavelmente suas companhias fracassaram o seu dizer. Sempre te disse que tu não sabia escolher. Meu querido interlocutor, isso é tudo a oferecer? Respeite-me e ao menos ensaie sua cena. O tempo passa e você nada acrescenta. Acredito que essa seja a sentença de quem mente, cansa tanto a nossa inteligência, que todos comovidos em respeito a frustração... ...fazem um minuto de desprezo. (Bianca Wenzel de Carvalho) * Para fins de direitos autorais de imagem declaro que a foto usada no post não é de minha autoria e que os autores não foram identificados.

Insônia Sentimental

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Fecha os olhos, pensa. Abre os olhos, tensa. Fita o teto, pensa. Franze a testa, tensa. Senta na cama, suspira. Deita na cama, e fica. Ajeita as cobertas, acomoda o travesseiro, fecha os olhos e respira. Silêncio no quarto, barulho na mente. Imóvel na cama, inquieta internamente. Como pode o silêncio acordar tanto pensamento? É na calada da noite que minha mente acorda todos os sentimentos adormecidos dentro de mim. Sem permissão, com ousadia, revirando as leis que decretei . É insônia sentimental, quebrando as fronteiras que o amanhecer delimita. (Bianca Wenzel de Carvalho) * Para fins de direitos autorais de imagem declaro que a foto usada no post não é de minha autoria e que os autores não foram identificados.

O Tal do Se...

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Se não fosse a insegurança... Se não fosse um desafio... Se não fosse o tempo... Se não fosse seu mistério... Se não houvesse medo... Se não fosse o orgulho... Se não fosse nossas escolhas... Se houvesse alguma compaixão do destino... Haveria amor, sorrisos, um bom vinho e...você. Se não fosse o "SE" da história, haveríamos NÓS. (Bianca Wenzel de Carvalho) * Para fins de direitos autorais de imagem declaro que a foto usada no post não é de minha autoria e que os autores não foram identificados.

A Sina da Despedida

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Despediu-se dos amores, da família, de alguns planos e por fim despediu-se de si. Não foi por opção, a vida quis assim. Ah, mas se soubesse o gosto amargo da saudade...não se despediria mais. Diria um até breve com gosto de quero mais. Se despiria da saudade, da distância, dos preconceitos e receios. Pegaria o voo da esperança e respiraria mais em paz. É muito adeus pra pouca vida, muito amor pra pouco tempo, muita espaço pra pouca gente. Precisaria de muita ponte, muitos jatos e abraços de eternos laços. É muito adeus pra um só coração. Muita timidez pra tanta ambição. Se soubesse como arde a saudade a cada despedida, diria mais bom dia e menos tchau. Distribuiria risos a cada olhar cruzado, não haveria olhar atravessado e nem emoção comandada por timidez. Se despediria menos e se despiria mais. Porque nessa sina de saudade quem sente menos, é quem vive mais. (Bianca Wenzel de Carvalho) * Para fins de direitos autorais de imagem declaro que a foto usada no p

Devaneio 25

" É uma disputa ímpar de quem é mais feliz, criativo, e amado. Sugiro que dispute menos e desfrute ser você mesmo. Vai doer de menos, e rir demais." (Bianca Wenzel de Carvalho)

Corra!

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Corra, pela última vez. Respire. Faça do ar sua nova alma. Firme seus pensamentos, como seus pés no asfalto. Ouça minha voz pulsando seu coração. Perceba, meus olhos te mostrando a mais bela canção. Deixa, o vermelho corado em meu rosto te mostrar que é paixão. Corra, pela última vez. Corra em minha direção. E no toque da pele lembrará da tua razão. Falaremos da vida, dos sonhos, de qualquer baboseira que te faça ficar. Andaremos sem rumo, compartilhando o silêncio. Encontraremos a paz que perdemos. Corra, pela última vez. Corra em minha direção. Te mostrarei mais de mil razões pra ficar. Devolverei sua essência. Te guiarei até você. Te farei compreender que todo esse tempo, você procurava por si mesmo em corpos vazios. Corra, corra pela última vez em minha direção. Corra, que guiarei seus passos nessa imensidão. (Bianca Wenzel de Carvalho) * Para fins de direitos autorais de imagem declaro que as fotos usadas no post não são de minha autoria e que

Toca o Telefone

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Toca o telefone, O coração, as pupilas, as mãos frias, a respiração... Todos se manifestam ao som daquele "Trim Trim Trim". Toca o telefone, A voz trêmula, o riso nervoso, as borboletas no estômago, a secura da boca. Toca o telefone, Tocam as lembranças, Toca o anseio por boas novas. Toca na rádio a nossa canção. Tudo toca, todos se tocam...até o telefone toca. Só não se toca você. (Bianca Wenzel de Carvalho) * Para fins de direitos autorais de imagem declaro que as fotos usadas no post não são de minha autoria e que os autores não foram identificados.

No Dia em Que Nos Perdemos

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No dia em que nos perdemos... Estabilizaram as estações, os pensamentos, o tempo. O coração quase parou no ritmo dos ponteiros. Aboliram todo o amor. E os nossos sorrisos de confidentes? O orgulho calou. Calou nossos sonhos, nosso direito de errar,apagou o brilho do nosso olhar. Nos refugiamos em outros olhares, novos sorrisos, novas histórias. Quantas vezes nos beijamos mentalmente em bocas alheias? Não achamos nosso gosto, nosso cheiro, não nos achamos mais. Abra sua gaveta e achará meus bilhetes. Fecho os olhos e lembro dos seus. Onde esconderam nosso mapa de um futuro bom? A verdade é que no dia em que a curiosidade lhe achou, nós nos perdemos. Meus olhos blindaram o coração e selaram sua nova união. Fomos condenados a amarelar o riso, Erguer a cabeça no dia e molhar travesseiros na calada da noite. Tornamo-nos exemplos de hipocrisia. Tornamo-nos personagens de nós mesmos. Tornamo-nos covardes, camuflando sentimentos. Os bons costumes roubaram nossa i