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Devaneio 32 - Rascunho no Trem

"Aperto Sufoco Por pouco Não me enlato no trem Na vida é assim também. E nos enlatando vamos sobrevivendo. Nesse rush da cidade grande, Pés descalços estão em extinção. Privilégio daquele cidadão Que fez da rua sua morada E mendiga o pão do dia a dia. A burguesia não pôde ver, estava na correria. De falar mais sobre si Nas bobagens que o ego diz Mal sabe ela que precisa ser mais aprendiz Descalçar a pretensão. Sucesso Profissão Expectativas pelo primeiro milhão Todos sofrem, poucos demonstram coerência O orgulho consome o bom senso E a comunicação perdeu sua raiz. Afinal, foi criada para conhecer histórias alheias ou pra mostrar quem é mais feliz? Eu gosto é daquele sujeito Que desnuda seu orgulho Relatando seu fracasso com o sorriso nos lábios. Deveria é aprender com aquele rapaz que ouve o "Não nosso de cada dia". Na escola da vida, estamos todos reprovados, De aprender humanização sem ter diploma nos lábios." (Bianca Wenzel de

Devaneio 31 - Amor

Amor estranho Amor extremo Nos estranhando vamos vivendo. Não é feito nó Não é feito laço Vamos gastando o tempo escasso. Quero você Quero viver Mas sem paixão, dizemos não. Não a loucura Não ao sorriso E me pergunto: Por que só isso? Podemos mais Podemos amar E de tanto insistir vamos acertar ou naufragar. (Bianca Wenzel de Carvalho)

O que você precisa saber para não partir...

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Senta, olha a fita tensa, decidida a cumprir a sentença que o coração a absolve em cada palpitação. E essa mente desgovernada brinca de cavar toda sua razão. Ou seria uma erupção de emoções? Quando você mergulha em seus pensamentos, minha respiração mergulha em aflição. Meu coração palpita com receio de hoje você chegar a uma conclusão. E nas suas tentativas de partida sem retorno, minha paz pilota a 300km/h para brecar sua ação. E por oras eu entendo sua decisão, mas...não... Não vá! Agora não! Tenho longos anos pela frente, vamos compartilhar superação. Esconda a eloquência, a afiação, o cordão umbilical fatal. Esconda a munição desta roleta russa existencial. Quando você sorri transbordamos em esperança, e declaramos isso no “espacate” involuntário de olhos e comissura da boca. Não tente partir com o que o mundo ainda não partiu em mim. O exército dos lúcidos insanos se fortalece quando em nós ainda há vida. A vida já rabiscou meus melhores poemas, então não leve

Devaneio 30 - Verás

“Esse tal de Ser busca viver o que a mente costuma sonhar. Mente, tu mentes? Ou sussuras verdades em meu sonhar? Ela tanto sonha que um dia também ‘realizaserá’ . Porque de tanto querer ser, será mais um Ser ou ‘revolucionascerá’. Verás!” (Bianca Wenzel de Carvalho)

O silêncio barulhento.

Clara sempre foi observadora e o seu silêncio era realmente algo instigante. Porque a boca que nenhum som pronunciava, anunciava um universo num único sorriso. Aqueles olhos bailavam como iluminação em dia show, e assim a cada olhada iluminava alguns olhares que já fecharam as cortinas do amor, antes mesmo de estrear. Ela gosta de falar das coisas que não são dialogadas. Ela não vai te perguntar sobre as coisas dessa vida, mas lhe apresentará um universo paralelo. Ela não vai acatar nenhuma de suas expectativas, porque expectativas alcançadas acabam sem espectadores. E Clara gosta mesmo é de alguém que divida um silêncio. O silêncio de Clara é barulhento, encantador, e se você mergulhasse nesse barulho existencial...encontraria o tal do amor. Clara não é tímida, não é má educada, ela fez do silêncio um mundo particular e lá ela é juíza, promotora e advogada de si mesma. É ousada, delicada, e vidente conselheira. O silêncio de Clara é um liquidificador brincando de misturar as