Devaneio 32 - Rascunho no Trem
"Aperto Sufoco Por pouco Não me enlato no trem Na vida é assim também. E nos enlatando vamos sobrevivendo. Nesse rush da cidade grande, Pés descalços estão em extinção. Privilégio daquele cidadão Que fez da rua sua morada E mendiga o pão do dia a dia. A burguesia não pôde ver, estava na correria. De falar mais sobre si Nas bobagens que o ego diz Mal sabe ela que precisa ser mais aprendiz Descalçar a pretensão. Sucesso Profissão Expectativas pelo primeiro milhão Todos sofrem, poucos demonstram coerência O orgulho consome o bom senso E a comunicação perdeu sua raiz. Afinal, foi criada para conhecer histórias alheias ou pra mostrar quem é mais feliz? Eu gosto é daquele sujeito Que desnuda seu orgulho Relatando seu fracasso com o sorriso nos lábios. Deveria é aprender com aquele rapaz que ouve o "Não nosso de cada dia". Na escola da vida, estamos todos reprovados, De aprender humanização sem ter diploma nos lábios." (Bianca Wenzel de